sábado, 2 de fevereiro de 2008

Um sonho...a missão.
O outro lado do sonho...vertiginosamente perto.

A conexão parece óbvia... mas que laços se estabelecem de facto entre eles?
E como é que a importância de um momento pode ser de tal maneira esmagadora que se esmaga a si própria passando despercebida? Ou estará camuflada pela proximidade do outro lado do sonho?

Esta insignificante distancia agiganta-se, como que impondo respeito, e quando o cruzar da barreira invisível é iminente sou consumido pelo momento...será que estou no quase sonho, ou antes envolvido numa antítese que me transporta para quão mais longe dele será possível?

O manto quente da ilusão envolve-me, mas rápido me atraiçoa, queimando-me com o próprio sonho. Desfaz-se vagarosamente, como um véu que se esvai no tempo e se revela de forma dolorosamente lenta, afundando-me naquilo que se revela o outro lado do sonho...

Depois de mergulhado numa arrepiante agonia que parece condenada a perpetuar-se, eis que surge uma ténue faísca que se torna chama e revela o degrau que ali existe…um passo em direcção à missão...

A vontade de lutar contra os tentáculos de uma aventura que ainda me envolve deixa-me mais perto, mantendo os olhos no sonho

outros olhos; os meus…mas outros.

1 comentário:

AnAlves disse...

Que o olhar presente seja sempre mais maduro que o passado, mantendo o de criança, que sem darmos conta, por vezes, se desvanece no futuro.